quinta-feira, 21 de junho de 2012

RESUMO DO FILME: O GLOBAL VISTO DE CÁ.


RESUMO DO FILME: O GLOBAL VISTO DE CÁ.

O filme o global visto de cá de Milton Santos é documentário expõe de forma direta os diversos fatores alavancando a crise do Estado do Bem Estar Social e a percepção da ineficiência do capitalismo em que todos os setores. O filme chama atenção também para uma coisa histórica na sociedade; a desigualdade sócio-econômica, político e cultural. Não só no Brasil, como em outros países e principalmente países pobres. Com idéias através da privatização de setores públicos, causando grade revolta na população.
O filme também retrata as influências que a globalização esta causando em alguns países, mostrando assim, o processo de globalização com base no pensamento do geógrafo Milton Santos, que, por suas idéias e práticas, inspira o debate sobre a sociedade brasileira e a construção de um novo mundo.
O vídeo nos mostra as diferenças tanto do lado econômico como do social. E nos faz perceber que a democracia que vivemos, é falsa. E que só mudará, se houver a conscientização e a mobilização de todos, é possível verificar isso nos movimentos, que conseguiram o direito de posses das terras e de uma universidade voltada para a formação dos trabalhadores e seus filhos, voltada para uma educação do campo. Nós temos o poder, e precisamos saber usá-lo, a manifestação é o primeiro passo.
A globalização e vista como um processo que surgiu para atender ao capitalismo, e principalmente os países desenvolvidos; de modo que os mesmos pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno se encontrava saturado, o que no filme mostra que ocorreu, porém somente estes lucraram com a globalização pelo fato de os países ricos ficarem ainda mais ricos e os pobres ainda mais pobres através do sistema denominado capitalismo.

LUCIANO ULATOSKI

Fichamento do texto: A sujeição da renda da terra ao capital e o novo sentido da luta pela reforma agrária


A sujeição da renda da terra ao capital e o novo sentido da luta pela reforma agrária
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. As lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. 5º ed. Petrópolis: vozes, 1995, p. 151 – 177.
O que são as relações capitalistas de produção
A tendência do capital é a de tomar conta progressivamente de todos os ramos e setores da produção, no campo e na cidade, na agricultura e na  indústria. (p. 152)
Quando falam expansão capitalismo no campo, as pessoas querem referir a duas coisas, pelos menos combinadas entre si: de um lado, uma massa crescente de camponeses, isto é, de lavradores autônomos cujas existências estão baseadas estritamente no seu trabalho e no de sua família, estaria sendo expulsa da terra, expropriada; de outro lado, em conseqüência, essa massa de lavradores estaria se transformando em massa de proletários rurais, de trabalhadores sem terra. (p. 152)
Entre desiguais não há possibilidade de contrato, há dominação. Por isso, no capitalismo, só é pessoa quem troca quem tem o que trocar e tem liberdade para fazê-lo.  (p. 153)
Nós sabemos que só o trabalho cria valor, criar riqueza, e que esse valor se mede pelo numero de horas de trabalho socialmente necessárias à produção da mercadoria. A função do trabalho é a de recriar o trabalhador, fazer com que o homem que trabalha reapareça como trabalhador do capital. Assim ele recria ao mesmo tempo a sua liberdade e a sua sujeição. (P. 154)
Na verdade isso é possível porque a desigualdade econômica entre o capitalismo e o trabalhador só pode ocorrer com base na igualdade jurídica sob a qual eles se defrontam. Para o trabalhador que só é proprietário da sua força de trabalho que só lhe serve para troca-lá por algo que lhe permita sobreviver, como é o caso do salário, concebido como equivalente daquilo que ele necessita. A troca que faz com o patrão, trabalha por salário, é uma troca aparentemente igual. O capitalista, porém, não seria capitalista, isto é, proprietário de capital, se o seu envolvimento nessa relação social de troca produzisse como resultado unicamente a riqueza que já possuía quando começou o seu relacionamento com o trabalhador. (p. 155)
O capitalismo é uma relação capitalista, está no fato de que essa relação é uma relação de exploração baseada numa ilusão. O trabalhador não se vê como é, mas como parece ser como igual e livre; não como o capital dependesse dele, do seu trabalho, mas como se ele dependesse do capital. (p. 156)
É isso que se quer dizer quando se fala em alienação do trabalhador na sociedade capitalista. Ele não aparece como criador da riqueza, do capital, mas como criatura desse mesmo capital. Não são as pessoas que relacionam entre si; são as coisas que o fazem, na troca. Por isso é que as relações entre as pessoas aparecem no capitalismo como se fossem relações entre coisas e as relações entre as coisas, as mercadorias, é que surgem como se fossem relações sociais entre as pessoas. (p. 157)
O dinheiro só é capital e o seu proprietário só é capitalista quando aquele é empregado na compra de instrumento e de matérias-primas por meio dos quais se poderá explorar o trabalho de trabalhador, compra a força do trabalho para promover a reprodução do capital. O capital é produto do trabalho não pago, da conversão em capital do trabalho que exerce aquele que se materializou em salário. (p. 158)
A contradição entre a terra e o capital: a renda da terra
A terra é um bem natural, finito, que não pode ser reproduzido, não pode ser criado pelo trabalho. A terra é um instrumento de trabalho qualitativamente diferente dos outros meios de produção. Quando alguém trabalha na terra, não é para produzir a terra, mas para produzir fruto da terra. (p. 159 e 160) Como o capital tudo transforma em mercadoria, também a terra passa por essa transformação , adquire preço, pode ser comprada e vendida, pode ser alugada. A licença para a exploração capitalista da terra depende, pois, de pagamento ao seu proprietário. (p. 160 e 161)
O pagamento da renda da terra representa, pois, uma irracionalidade para o capital. A apropriação capitalista da terra permite justamente que o trabalho que nela se dá, o trabalho agrícola, se torna subordinado ao capital. A terra assim apropriada opera como se fosse capital, ela se torna equivalente de capital. De fato, o que ela produz, do ponto de vista capitalista, é diferente do que se produz o capital. Lucro, isto é, a parcela da mais valia, de riqueza a mais, que o capitalista retém. (p. 162) Por isso, a renda capitalista da terra não nasce na produção, mas sim na distribuição da mais valia. (p. 163)
Creio que, com o que foi dito, podemos entender que a mais valia não é paga por ninguém em particular porque ela é paga pelo conjunto da sociedade. (p. 164)
As diferenças entre a concentração da propriedade e a do capital
Vimos que as contradições entre terra e capital cria as condições histórica da existência de duas classes antagônicas: os proprietários da terra e os capitalistas. Ambos são proprietários privados de instrumento de produção, separados dos trabalhadores que podem movimentá-lo, fazê-lo produzir. (p. 165)
Com o passar do tempo, com o trabalho, a terra não se desgasta, ela melhora, ela enriquece o proprietário. O capitalismo subtrai capital do processo social de produção, imobiliza o seu capital, prende-o a terra. Terá que arrumar outros capitais para a terra possa produzir. Se não se depuser, meramente se convertendo de capitalista em proprietário de terra. (p. 167)
O que temos aí é o capitalista revelando a sua face ocultada pela condição de proprietário. (p. 168) É uma relação social no sentido que tem a relação social no capitalismo, como expressão de um processo que envolve trocas, mediações, contradições, articulações, conflitos, movimento, transformações. (p. 169)
Não posso entendê-la se não vejo que a terra, através do proprietário, cobra no capitalismo renda da sociedade inteira, renda que nem mesmo é produzida direta e exclusivamente na sua terra. É uma parte do trabalho expropriado de todos os trabalhadores dessa mesma sociedade. (p. 169)
O proprietário da terra não é uma figura de fora do capitalismo, mas de dentro. (p. 170)
Só a reprodução é capitalista. Mesmo o crescimento deste capital não é produção, mas reprodução capitalista ampliada. (p. 171)
A apropriação da renda da terra pelo capital
A contradição fundamental é que a produção da riqueza é socializada pelo capital, é social, e a sua apropriação é privada: o burguês e o proprietário da terra se apropriam dessa riqueza. A contradição entre ambos não é uma contradição da terra, é uma contradição do capitalismo. (p. 172)
O trabalhador se transforma  num trabalhador coletivo; cada individuo é parte desse trabalhador coletivo. Nesse caso, trabalho deixa de estar formalmente subjugado pelo capital e passa a estar realmente subjugado. (p. 174)
O que essa relação nos indica é outra coisa, bem distinta: estamos diante da sujeição da renda da terra ao capital. O capital tem se apropriado diretamente de grandes propriedades ou promovido a sua formação em setores econômicos do campo em que a renda da terra é alta, como no caso da cana, da soja e da pecuária de corte. Onde a renda é baixa, como no caso dos setores de alimentos de consumo interno generalizado, o capital não se torna proprietário da terra, mas cria as condições para extrair o excedente econômico. (p. 175)
Onde o capital não pode tornar-se proprietário real da terra para extrair juntos o lucro e a renda, ele se assegura o direito de extrair a renda. (p. 176)

LUCIANO ULATOSKI




RESENHA DA GUERRA FRIA

A GUERRA FRIA
PAZZINATO, Alceu L. e SENISE, Maria Helena V. A Guerra Fria. In:História moderna e Contemporânea. 14ª ed. São paulo: editora Atica, 2006. Cap.28. PP. 292 – 297.
_______________________________________________________________________

          Os autores tratam das discussões sobre a guerra fria, que se ocorreu nos anos de 1947 e 1991, onde enfoca a divisão do mundo em dois grandes blocos político-ideológico antagônicos: caracterizado por uma corrida nuclear entre duas superpotências, de um lado os países capitalistas liderados pelos Estados Unidos; e o outro os países Socialista liderados pela União Soviética. Tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética colocaram a humanidade em risco pelo podre de destruição das armas nucleares, ou seja, foi uma época que a população mundial viveu em choque, medo acabando só no ano de 1991, quanto desapareceu a superpotência comunista, o fim da guerra fria.
          Durantes esses 44 anos de disputas ocorreu vários fatores que marcaram a guerra fria, sendo o principal o egoísmo das superpotências para dominar o mundo, ou seja, ter em seu favor e poder explorar as riquezas, os Estados Unidos criou plano para a recuperação dos países europeus que estavam arrasados pela segunda guerra mundial com medo do avanço comunista e poder continuar a explorar aquela região, os países comunistas não recebeu este auxilio. A União Soviética como reação criou o comitê de informações dos países comunistas, para dissolver os compromissos afirmados com as superpotências capitalistas durante a guerra e criou o Conselho para Assistência Econômica Mútua para a reconstrução dos países comunistas destruídos pela segunda guerra.
          Há vários outros acontecimentos aconteceram por causa da guerra das duas potencias mundial a construção de muro de Berlin para separar Alemanha comunista da Alemanha capitalista. A divisão da Correa para separar o capitalismo do socialismo. Houve também vários conflitos localizados por todo o mundo, que tanto os Estados Unidos como a União Soviética financiavam estes conflitos, mas não se envolvia diretamente, sendo um acordo afirmado entre as superpotências, sendo uma exceção a guerra do Vietnã.
          Como podemos notar a guerra fria foi uma briga para a conquista de territórios e domínio das riquezas por duas potencias da época, onde as maiorias dos países estavam destruídas pela segunda guerra mundial e em busca de sua independência em diversas partes da Ásia e áfrica que eram dominados pelo imperialismo.

                                                                                                                                Luciano Ulatoski